No início deste ano, a quarta maior companhia aérea do Brasil cessou as operações depois de declarar falência em dezembro do ano passado. A Avianca Brasil, de propriedade do Synergy Group, parou de voar em 24 de maio de 2019, mas o que aconteceu com sua frota?
A Avianca Brasil, também conhecida como Oceanair Linhas Aéreas S / A, já teve um total de 79 aeronaves. A frota era composta principalmente por aviões da Airbus; no entanto, também possuía 14 das 283 aeronaves Fokker 100 produzidas pela empresa holandesa.
O Fokker 100
O mês de maio de 2010 foi um grande mês para a Avianca Brasil, pois a companhia aérea estava recebendo naquele mês 14 aeronaves Fokker 100. O Fokker 100 era um jato de tamanho médio com dois motores turbofan e foi o maior avião já construído pela empresa holandesa até sua falência em 1996.
Das 14 aeronaves que possuía, todas pararam de voar antes que a Avianca Brasil pedisse falência. Nove delas estão hangaradas e as cinco restantes foram repassados para outras companhias aéreas.
De acordo com a Air Fleets, as duas aeronaves que serviram no menor período de tempo na companhia aérea foram hangaradas em setembro de 2013. Elas eram registradas com as matrículas PR-OEA e PR-OAT e ambas foram adquiridas da American Airlines. Estes Fokkers tiveram uma atuação bem significante na Avianca Brasil da qual se chamava Oceanair antes da fusão; A Oceanair recebeu o PR-OEA em 2008 e o PR-OAT em 2007. Enquanto o PR-OAT permanece hangarado, o PR-OEA foi descartado no início de 2014.
A aeronave registrada PR-OAF também foi descartada após ser hangarada em novembro de 2015, entretanto as seis restantes das nove aeronaves que permaneceram na Avianca Brasil estão atualmente listadas como hangaradas.
Nova vida para os Fokkers da Avianca Brasil
Em 2015, três dos Fokkers 100 foram aposentados e transferidos; um para a Bek Air, que agora está armazenado e outros dois para a Network Aviation Australia. Ambas as aeronaves ainda estão ativas.
Os outros dois, PR-OAI e PR-OAU, voaram na Avianca Brasil por sete anos antes de serem enviados para operar na Tus Airways, em Chipre. Essas aeronaves também estão ativas.
A frota da Airbus
A Avianca Brasil possuía 15 A318, quatro A319, 40 A320 e seis A330. De acordo com a Air Fleets, seis das aeronaves ainda estavam em operação quando a companhia aérea interrompeu os serviços em maio de 2019.
Algumas das aeronaves mais recentes da frota da companhia foram os 12 A320neos, entregues entre outubro de 2016 e setembro de 2018. O A320neo foi uma atualização da série A320-200 que já vinha sendo utilizada anteriormente, pois proporcionava melhor eficiência de combustível, mais assentos de passageiros e era fazer voos de maior alcance.
Quando a Avianca Brasil cessou as operações, todos os A320neos foram transferidos para a Azul Linhas Aéreas. Os 17 A320 foram vendidos para uma várias companhias aéreas, incluindo LATAM Brasil e Austrian Airlines, e ao longo de 2019, mas uma já havia sido transferida para a Avianca Argentina em outubro de 2018.
A Avianca Brasil também tinha 11 A320 hangarados, mas durante o colapso, foi forçada a devolver nove desses para seus arrendadores em abril deste ano. Os outros dois foram marcados como hangarados, embora também tenham sido alugados pela Aviation Capital Group, que registrou ter alugado cinco dos outros A320 para a Avianca Brasil.
Transferências, hangaragens e operações cessadas
As aeronaves mais jovens da frota eram os A330 da companhia aérea. Havia seis no total; três hangaradas em 2019 após menos de dois anos desde a entrega e outras três transferidas para outras companhias aéreas. Uma foi para a Azul Linhas Aéreas em julho de 2019 e as outras duas foram transferidas dentro do grupo Avianca para a Avianca e Avianca Cargo em março de 2019 (embora a Avianca Brasil não seja uma subsidiária da Avianca, ambos compartilham o mesmo grupo).
A Avianca Brasil também possuía 15 A318 adquiridos entre 2011 e 2013. Recebeu cinco em 2011 e dois deles ainda estavam voando até a falência. O PR-ONC voava ativamente desde 2012 até o término das operações e o PR-ONI desde 2013 até o colapso. Todas as outras aeronaves da frota A318 foram armazenadas, mas o PR-AVH, o primeiro entregue, foi descartado em 2014.
A Avianca tinha poucos A319; Dos quatro, três foram adquiridos em 2010 e o outro em 2012. Apenas dois, PR-AVD e PR-AVB, estavam ativos até o colapso, com o PR-ONJ sendo devolvido à Aviation Capital Group em abril de 2019 e o PR-AVC sendo hangarado em fevereiro de 2019.
O serviço da Avianca para o que temos hoje era bem diferenciado pena que não alcançava todas as capitais do Brasil, e você? sente falta dos serviços da Avianca Brasil? Voou com esta empresa? Deixe-nos saber nos comentários.